ACM resigna-se com derrota nas urnas na Bahia
Inimigos, adversários e até carlistas de expressão nacional são unânimes em afirmar que o grande derrotado nas eleições da Bahia, onde o petista Jaques Wagner sagrou-se governador, é o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Além de amargar o despejo do governador Paulo Souto, que era o favorito na disputa pelo Palácio de Ondina, ACM perdeu a briga pelo Senado, com o amigo e senador Rodolfo Tourinho, e ainda viu a bancada federal encolher seis cadeiras, com a eleição de apenas 13 pefelistas, contra os 19 vitoriosos de 2002.
Foram tantas as derrotas, que nem o próprio ACM contesta que é o grande perdedor. "Derrotado não fala; espera. E eu estarei esperando, amando sempre a Bahia, cada vez mais," afirmou um ACM resignado, que até a véspera da eleição apostava que seu grupo cresceria tanto no Congresso quanto na Assembléia Legislativa, onde os adversários consideram que a maioria obtida agora nem tomará posse porque não resistirá ao assédio do novo governo até o fim do ano.
"Estamos assistindo ao ocaso de um oligarca", definiu o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), satisfeito com a façanha eleitoral que lhe rendeu o título de peemedebista mais votado do Brasil, com 287 mil votos, além de emplacar o velho aliado e ex-prefeito de Brumado Edmundo Pereira, na vice-governança de Jaques Wagner.
"Eu que sempre fiz este enfrentamento com ACM, estou muito feliz de ter dado uma contribuição maiúscula e efetiva para derrotá-lo e, o que é melhor, com ele vivo, assistindo a minha vitória", gabou-se Geddel, insistindo na tese de que é o deputado mais votado do Estado. "Só passaram à minha frente dois filhotes", explicou, referindo-se ao campeão de votos ACM Neto (PFL-BA) e a Fábio Souto, filho do atual governador.
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